quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Conferência "Dirigentes Associativos" - A Independência

A secção do PS do Monte de Caparica possui há já uns meses uma comissão de acompanhamento do movimento associativo criada, constituída e dinamizada por 3 militantes, todos eles ligados às colectividades, como dirigentes, no passado, no presente e até quem sabe no futuro.

Esta comissão tem vindo a desenvolver trabalho no que respeita à observação e reflexão sobre a situação actual do movimento associativo naquela freguesia.

O trabalho desta comissão culminou em 2011 na organização, em conjunto com a Charneca de Caparica desta Conferência do Dirigente Associativo.

Mas será que o facto de se ser militante do PS retira ou impede a possibilidade de sermos independentes na nossa actividade de dirigentes associativos voluntários?

Pensamos que não!…

Temos a certeza que não!

Na nossa actividade de dirigentes associativos voluntários mantemos uma estrita independência politica relativamente:

·         Aos associados.

·         Na gestão das colectividades.

·         Na relação com as outras instituições

Mas a nossa independência enquanto dirigentes associativos voluntários não pode ser confundida com neutralidade ou com indiferença relativamente à terra onde vivemos e ao povo com a qual a compartilhamos.

Mas ser independente o que não é?

Ser independente não é o mesmo que não ter partido.

Ser independente não é o mesmo que não ter cartão de militante do PS.

Ser independente não é ser contra as ideias do PS e vir depois papaguear o que se lê no Expresso ou no Avante.

Ser independente não é sentir a necessidade de andar a criticar e até dizer mal do PS, que até é o partido que os acolheu, nem fazer de conta que são superiores aos seus militantes pelo simples facto de estes serem militantes do PS.

Ser independente enquanto dirigentes associativos voluntários é não confundir as opções políticas pessoais com as nossas associações e com os seus sócios, fazendo obrigatoriamente disto o mote diário da nossa actividade como dirigentes associativos voluntários.

Ser independente enquanto dirigente associativo voluntário não é o mesmo que não ter actividade política enquanto cidadão ou intervenção enquanto militante partidário.

A independência é uma atitude diária e está na origem do movimento associativo.

O movimento associativo deve ser… tem de ser independente!

Só a sua independência… só a independência dos seus dirigentes lhe dá a capacidade de existir para, com e pelas colectividades e populações, sem presença tutelar de quem, enchendo a boca com… colectividades e movimento associativo… mais não faz que cercear-lhe a independência, a capacidade de intervenção autónoma, para desta forma controlar os seus dirigentes impedindo-os de serem agentes activos da mudança que tão necessária é no nosso concelho.

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